2 e 3 aulas
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2 e 3ª aulasProf. Doutora Maria do Rosário Partidário
Licenciatura em Engenharia do Ambiente 1º Ano / 1º Semestre - 2008-09
1. História da utilização dos recursos naturais no Mundo;
Recursos Renováveis e não renováveisO surgimento das preocupações ambientais
em Portugal
Sumário
A capacidade de carga do planeta ao longo do tempo
Caçadores – recolectores durante 60 mil anos.
Nómadas: movimentos sazonais;
Impacte ambiental limitado e essencialmente local.
As três grandes “revoluções” na cultura humana e o seu impacte no ambiente
Agricultura (10 a 12 mil anos atrás); Industrialização ( aprox. 275 anos atrás) TIC e Globalização (50 anos atrás -
ainda em curso).
Revolução Agrícola
• Transição do nomadismo para o sedentarismo. Agriculturação de áreas do Sudoeste Asiático, África Ocidental e México. Domesticação de espécies selvagens;
• Advento de técnicas agrícolas de mobilização e cultivo;
• Uso sustentável dos recursos;
• Aumento do impacte ambiental.
3
Harvesting for 2 to 5 years
1 Clearing and burning vegetation
2
Planting
4 Allowing to revegetate 10 to 30 years
O princípio da agricultura
O impacte da caça
Revolução Industrial Abandono da manufactura, mecanização dos
meios de produção e advento da produção em larga escala.
Evolução da Medicina (antibióticos) Mudança de uma economia baseada nos
recursos renováveis (madeira e água) para os combustíveis fósseis (não renováveis).
Aumento dramático dos impactes ambientais (poluição do ar, água e solo).
Era da Informação e Globalização Vulgarização das telecomunicações; Uniformização cultural e linguística; Assimetrias Norte – Sul no acesso aos
recursos, tecnologias e know-how. Fenómenos migratórios; Liberalização do comércio (WTO) e do
movimento de capitais.
Agricultural Revolution
Good News Bad News
More food Destruction of wildlife habitats from clearing forests and grasslands
Longer life expectancy
Fertile land turned into desert by livestock overgrazing
Supported a larger population
Formation of villages, towns, and cities
Towns and cities served as centers for trade, government, and religion
Killing of wild animals feeding on grass or crops
Soil eroded streams and lakes
Increase in armed conflict and slavery over ownership of land and water resources
Towns and cities concentrated wastes and pollution and increased spread of diseases
Higher standard of living for many people
Industrial-Medical Revolution Trade-Offs
Good News Bad News
Mass production of useful and affordable products
Increased air pollution
Longer life expectancy
Soil depletion and degradation
Greatly increased agricultural production
Increased urbanization
Lower rate of population growth
Increased water pollution
Groundwater depletion
Habitat destruction and degradation
Higher standard of living for many
Lower infant mortality
Increased waste pollution
Biodiversity depletion
Information-Globalization Revolution
Trade-Offs
Good News Bad News
Remote-sensing satellite surveys of the world’s environmental systems
Ability to respond to environmental problems more effectively and rapidly
Globalized economy can increase environmental degradation by homogenizing the earth’s surface
Globalized economy can decrease cultural diversity
Computer-generated models and maps of the earth’s environmental systems
Information overload can cause confusion and sense of hopelessness
A escalada do poder do homem sobre o meio
0. A natureza sem o homem; 1. Colheita 2. Caça e pesca; 3. Pastoreio; 4. Agricultura; 5. Indústria; 6. Urbanização; 7. Controle climático. 8. “Escapada” exobiológica.
(Dansereau, 1966)
Tipos de ocupações do espaço repartidos em paineis (A, B, C, D)
LAGO DE CASTORES. Represa onde os castores controlam o nível da água e onde as Typha (tabua) são as plantas mais abundantes. Outras plantas são os juncos, sagitaria (erva fresca), potamogeton, ceratophylum (erva pinheirinha), nenúfares, lentilhas de água; os outros seres são, de entre os herbíveros, larvas de insectos, tartarugas, moluscos, rãs, patos, e cobras de água, garça, águia esqueira, vison, de entre os carnívoros
POMAR. Pomar de macieiras com um estrato de gramíneas
QUINTA. Quinta na planície com rotação típica: (A) culturas sachadas, (B) cereal, (C) feno, (D) pastagem e também (H) relvado ou jardim e (G) um talhão arborizado
ECOSSITEMA SUBURBANO. Bairro “pobre”
FÁBRICA DE TEXTEIS
ECOSSITEMA URBANO.Sector de uma cidade.
RECURSO
Bem que apresenta utilidade para um utilizador com vista a determinado fim
É um conceito dinâmico que depende do nível de conhecimento sobre os recursos, técnica e níveis culturais (necessidades, percepção)
Bem simplesmente produzido pela natureza (Recurso Natural) ou bem com alguma utilidade para a sociedade, criado ou não pela própria sociedade e respectivo sistema produtivo.
“Recursos são auxiliares ou meios de suporte à espécie humana; não podem ser avaliados para além do significado e valores que as pessoas lhe atribuem” (Rees, 1985)
Recursos Renováveis e Não Renováveis
Classificados em renováveis ou não renováveis consoante a sua taxa de renovação à escala humana.
Todos os recursos resultam de ciclos naturais e portanto são renováveis, a escalas temporais diferentes
RECURSOS RENOVÁVEIS E NÃO RENOVÁVEIS
RECURSOS RENOVÁVEIS Definidos como os recursos que são naturalmente renováveis dentro de um período de tempo relevante para os seres humanos
e.g. água, ar, vida animal e vegetal, radiação solar, energia do vento e das marés
RECUROS NÃO RENOVÁVEIS Recursos que levam milhões de anos a formarem-se, oferecendo limites à sua utilização. Há dois tipos: 1. Os que se consomem com o uso 2. Os que são recicláveis
e.g. minerais e solo
(Fonte: Meadows, 2002)
CLASSIFICAÇÃO DE TIPOS DE RECURSOS
RECUROS NÃO RENOVÁVEIS RECURSOS RENOVÁVEIS CONSUMIDO
POR USO TEORETICA-
MENTE RECUPERÁVEL
RECICLÁVEL ZONA CRÍTICA
ZONA NÃO CRÍTICA
PETRÓLEO GÁS
CARVÃO
TODOS OS MINERAIS
MINERAIS METÁLICOS
PESCAS FLORESTAS
ANIMAIS SOLO
AQUÍFEROS
ENERGIA SOLAR MARÉS VENTO ONDAS ÁGUA
AR
Fonte: Rees, 1985
Recursos Renováveis
Recursos definidos como naturalmente renováveis dentro de um período relevante para os seres humanos (p.e. água, ar, vida animal e vegestal, radiação solar, energia do vento e das marés);
Recursos Renováveis (cont.)
Recursos Não Renováveis (RNR) Recursos que levam
milhares ou mesmo milhões de anos a formarem-se, oferecendo limites à sua utilização (p.e. minerais, solo, etc.)
Existem dois tipos de RNR: os que se consomem com o uso (petróleo, carvão, etc.) e os que são recicláveis (p.e. vidro).
Nível de Reservas Comprovadas de Recursos DEPENDE DE:
1) Disponibilidade tecnológica
2) Níveis de Procura e.g. população níveis de rendimento níveis e tendências de consumo políticas governamentais preços de bens complementares ou competitivos
3) Custos de produção e processamento depende de : - natureza física e localização dos depósitos - custos de factores de produção - taxas governamentais - riscos de exploração (expropriação, etc.)
Nível de Reservas Comprovadas de Recursos (cont.)
DEPENDE DE:
4) Preço do produto - nível de procura e custos de oferta - políticas de estabelecimento de preços pelos produtores ou pela intervenção governamental
5) Disponibilidade e preço de substítulo inclui o custo de produtos reciclados
O stock de recursos minerais e as suas subdivisões
RNR (Cont.)
Fonte: World Resources Institute, 2005.
HOMOSTASIA(HOMO = IGUAL; STASIA =ESTADO) ou Capacidade de resiliência
Refere-se à tendência dos sistemas biológicos resistirem à alteração e permanecerem em estado de equilíbrio
Capacidade de auto-regulação
Capacidade dos organismos manterem a sua estabilidade funcional e a sua integridade orgânica fazendo face a um ambiente de forças destruidoras e simultaneamente assegurando a renovação da sua constituição
Um controlo homostático eficaz requer um longo período de ajuste evolutivo
ADAPTAÇÃO
Resultante da acção da selecção natural sobre os genótipos presentes no âmbito das populações de uma espécie, numa direcção conforme ao melhor aproveitamento do ambiente abiótico e biótico
A adaptação resulta da interacção de factores genéticos e de factores selectores do ambiente
A selecção natural tanto pode conduzir a adaptação como a extinção
VALOR ECOLÓGICO
Significado de um recurso ou sistema ecológico, em contexto complexo, integrando factores como a raridade, a viabilidade funcional e o significado local ou regional
Reflete a capacidade de esse recurso poder evoluir para sistemas de maior significado ecológico
SENSIBILIDADE ECOLÓGICA
De um recurso ou sistema ecológico
Corresponde à probabilidade de poder ocorrer uma degradação da funcionalidade ecológica e da resultante capacidade de realização de serviços
(Ecológicos, económicos e sociais)
FUNÇÕES DAS ZONAS HÚMIDAS
Recarga / descarga dos lençóis freáticos; Alteração dos regimes de cheia; Estabilização dos sedimentos / fixação da linha costeira; Retenção de sedimentos / substâncias tóxicas; Depósitos de co2 , ch4, nox, etc.; Processamento de nutrientes / qualidade da água; Produção e base da cadeia alimentar; Habitat de vida selvagem / “nursery”; Pesca; Herança / recreação / ciência.
LISTA VERMELHA DAS ESPÉCIES AMEAÇADAS
CRITÉRIOS DA IUCN
EXTINTO EM PERIGO
VULNERÁVEL RARO
INDETERMINADO INSUFICIENTEMENTE CONHECIDO
COMERCIALMENTE AMEAÇADO NÃO AMEAÇADO
Ambientalismo no Mundo Desde as antigas civilizações que existem
referências a problemas ambientais. 60 mil anos atrás: referência ao uso do fogo para limpeza de florestas na Tanzânia.
1872 – Criação do Parque Nacional de Yellowstone
1892 – Fundação do Sierra Club (mais antiga ONGA dos EUA);
Década de 1960: Publicação dos livros “Silent Spring” e Population Bomb”
Década de 1970: Desenvolvimento de legislação ambiental nos EUA;
1970 – Celebração do Primeiro Dia da Terra (EUA).
1972 - Conferência de Estocolmo sobre Ambiente Humano ;
1987 – Publicação do O Nosso Futuro Comum 1992 – Conferência do Rio sobre Ambiente e
Desenvolvimento: CDB, CAC. 2002 - Rio+10 – Conferência de Joanesburgo
sobre Desenvolvimento Sustentável.
A problemática ambiental em Portugal
1948 – Fundação da LPN, primeira ONGA na Península Ibérica; 1971 - Criação da Comissão Nacional de Ambiente 1974 - Constituição da Republica Portuguesa (Artigo 66º); 1974 – Criação da primeira Secretaria de Estado do Ambiente. De 1979 a
1985 a SEA integra o Ministério da Qualidade de Vida. 1985 - Criação da SEARN e início da consolidação das políticas de
ambiente em Portugal; 1986 – Fundação do GEOTA e Quercus; 1987 - Publicação da Lei de Bases do Ambiente (Lei nº11/87 de 7 de
Abril). 1990 - A SEARN passa a incluir o Ministério do Ambiente e dos Recursos
Naturais (MARN); 1995 - Publicação do Plano Nacional de Política de Ambiente (PNPA)
Desafios e problematicas recentes Investir ou não poluir Carbono - emissões ou bolsa de valores Serviços dos ecossistemas Saude e o bem-estar Crescimento urbano e o significado das
zonas rurais Distribuição e acesso
Alguns Links http://www.runet.edu/~wkovarik/envhist/
index.html http://www.rachelcarson.org/ http://www.unep.org/
Documents.multilingual/Default.asp?DocumentID=97&ArticleID=
http://earthtrends.wri.org